Após o término do sexto mês do ano, temos os principais fatos sobre a cadeia do milho em junho e o que esperar para o início da segunda metade do ano. No artigo de hoje, vamos trazer um pouco da evolução da safra de milho no Brasil e nos EUA, além de outras informações sobre o novo acordo firmado entre os governos do Brasil e da China para o fornecimento do nosso milho ao país asiático.
EUA recuperam o ritmo de plantio de grãos após início lento da safra
As discussões sobre a cadeia de grãos estadunidense foram marcadas pela provável diminuição da produção do milho e pelo aumento de outras culturas, como a soja e o trigo – já falados anteriormente aqui neste artigo. Aparentemente, agora a safra do milho entra em voo de cruzeiro, e, apesar de um início de safra mais lento que o ciclo passado e na média das últimas cinco safras, os produtores dos EUA conseguiram recuperar o ritmo. A semeadura do milho, por exemplo, já foi finalizada, com 13% das lavouras com condições excelentes, e 47% boas.
Sobre as projeções, algumas consultorias já estimam que a área plantada de milho ficou maior que a estimativa inicial, inclusive superando a área plantada com soja – e contrariando as previsões anteriores, que indicavam que, pela primeira vez na história, a área de soja seria maior, frente a de milho.

Clima quente nos EUA faz os preços futuros do milho recuarem
Apesar do desenvolvimento do milho seguir em bons níveis, os norte-americanos seguem em alerta com as condições climáticas, já que em junho houve registros de altas temperaturas, além do tempo seco. Isso agitou as cotações do cereal nas principais negociações no mercado futuro.

Brasil e China anunciam acordo sobre comércio de milho
Enquanto isso, no Brasil, a segunda safra de milho segue em pleno desenvolvimento e em fase inicial de colheita. Seguindo com as boas notícias, foi anunciada a conclusão de um acordo entre Brasil e China para a exportação do nosso milho ao país asiático, o que deve impactar diretamente os resultados de produção e embarque do cereal brasileiro.

Quatro pontos de atenção para a cadeia de milho em julho
O mês que marca oficialmente o início do segundo semestre deve ser marcado por fatores nacionais e internacionais na cultura do milho, sendo eles:
- Evolução na colheita do milho segunda safra no Brasil: estamos nos aproximando do início da colheita nas principais regiões produtoras, com algumas áreas já iniciadas. Sendo assim, é importante o acompanhamento para entender o desempenho no campo.
- Desenvolvimento das lavouras nos EUA: apesar da recuperação no ritmo de plantio do milho no último mês, os campos que foram semeados tardiamente podem correr riscos. Outro ponto de atenção, como falamos anteriormente, é com o clima quente e seco, que pode comprometer o desenvolvimento da safra.
- Impactos na oferta de alimentos causados pela guerra entre Rússia e Ucrânia: Rússia sinaliza que poderá autorizar as exportações de grãos da Ucrânia pelos portos do Mar Negro, o que altera a dinâmica dos preços. Além disso, o fornecimento de suprimentos pela Rússia segue sendo observado.
- Câmbio e custos de produção na safra 2022/23: observar as perspectivas para variações no câmbio e nos preços dos insumos é fundamental para a projeção da próxima safra e para a tomada de decisões quanto à venda antecipada, por exemplo.
Neste artigo, reunimos o que aconteceu de mais relevante na cadeia de milho em junho. Continue aqui no blog para acompanhar outras informações sobre o cereal. Além disso, você pode seguir a nossa página no Instagram para ter acesso a outros conteúdos sobre a marca especialista em sementes.
Fonte
Prof. Marcos Fava Neves, Vinícius Cambaúva e Markestrat Group.