A Argentina é uma potência mundial na produção de milho e a cada ano se consolida como uma das nações que mais produzem o cereal. No artigo de hoje, vamos analisar o mercado de milho na Argentina, traçando um paralelo entre a última década e a projeção até 2030. Vamos lá?
Produção de milho na Argentina alcançou ótimos números em 2020
Em 2020, a produção Argentina excedeu o consumo interno em 37 milhões de toneladas: enquanto a produção ultrapassou 60 milhões de toneladas, o consumo foi de 23 milhões de toneladas nas terras dos nossos queridos hermanos. O saldo de 37 milhões de toneladas foi destinado à exportação e ratificou a Argentina como terceiro maior exportador de milho no mundo, atrás dos EUA e do Brasil, que ocupam a primeira e a segunda posição respectivamente.

Do total produzido, 77,4% foram destinados para a indústria de rações que abastece a nutrição animal no país, o que representa mais de 17 milhões de toneladas. O saldo (5 milhões de toneladas) é distribuído em: 32,7% para alimentação humana, 26,9% para biocombustíveis e 40% para outras frentes, como indústrias e sementes.
Histórico e projeções da produção de milho argentino de 2010 a 2030
Na última década, a produção de milho argentina cresceu significativamente: 153%, o que representa um crescimento de 9,7% ao ano, alcançando 60,2 milhões de toneladas. Os principais responsáveis por esse avanço foram o aumento da produtividade, em 32,3%, e da área plantada, que praticamente duplicou, avançando de 3,75 para 7,17 milhões de hectares.

A expectativa apontada pelo relatório da FAO, indica que, em 2030, a produção do país sul-americano deva atingir 65,6 milhões de toneladas, um crescimento de 8,9% em dez anos – bem inferior ao da década anterior.
Consumo de milho argentino deve crescer aproximadamente 28% até 2030
Assim como a produtividade, o consumo de milho argentino também deu um baita salto na última década, indo de 9,3 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 150% no consumo de cereal, impulsionado principalmente pela indústria de rações, com crescimento de mais de 180% da área no período de 2010 a 2020.
Para a próxima década, a expectativa ainda é de crescimento do mercado de milho argentino, mas em um ritmo menos acelerado, chegando em 29,8 milhões de toneladas, que representa um crescimento anual de 2,5%, também refletido pela indústria de rações, que deve ter crescimento de 33,9% até 2030.

Balanço do milho argentino deve se manter em 35 milhões de toneladas
Apesar do crescimento acelerado na última década da produção e do consumo de milho na Argentina, a estimativa é que o balanço do cereal se mantenha na casa dos 35 milhões de toneladas, sendo 157% ao valor de 2010. Para os próximos dez anos, a curva de demanda deve crescer mais que a de produção, no entanto, esse comportamento não deve alterar de forma significativa os saldos.

Esse é o quinto e penúltimo artigo sobre as projeções mundiais do mercado de milho. Leia os outros conteúdos sobre o mercado de milho no Brasil, nos EUA, na China e na União Europeia. Aproveite e siga a nossa página no Instagram para ter acesso a mais informações sobre o agronegócio.
Fonte
Markestrat com base em OCDE-FAO Agricultural Outlook 2020-2030.
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