O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, dividindo o pódio com EUA e China. Somos responsáveis pelo fornecimento do cereal para diversos países do mundo, mas o consumo interno também tem crescido muito e é sobre isso que vamos tratar neste artigo: a versatilidade do milho e os produtos que ele gera. Vamos lá?
Consumo brasileiro de milho por finalidade
Das 104 milhões de toneladas estimadas para a safra 2020/21, 71,2 milhões devem ficar por aqui mesmo, o que deve representar pouco mais de 67% da produção total. Na safra 2019/20, o milho destinado à alimentação animal representou 86% do consumo interno, enquanto os outros 14% restantes, estão distribuídos em outras seções como alimentação humana, cosméticos, sementes, e o biodiesel.

Afinal, porque se afirma tanto que o milho é um cereal versátil?
Se olharmos o esquema representando o sistema agroindustrial do milho, veremos que a divisão entre milho seco e milho verde é muito forte, sendo o milho verde dedicado para a indústria de alimentos e o seco para todas as outras frentes:

A possibilidade de usar o milho para a alimentação humana, animal e outros fins industriais atesta a versatilidade do milho.

- Alimentação animal: o milho é o principal ingrediente das rações animais, tanto para criações comerciais (suínos, aves e bovinos) como para animais domésticos (cães e gatos).
- Alimentação humana: os diversos componentes do cereal, como amido, zeína, glúten e glicose, são utilizados para produção de farinhas, óleos, salgadinhos, corantes, adoçantes e estabilizantes.
- Bebidas: derivados da frutose, xiltrol e xarope de milho servem como adoçantes de sucos e refrigerantes. A maltose também é empregada na indústria cervejeira.
- Etanol: a produção de etanol de milho pode ser feita utilizando o cereal como matéria-prima, gerando tanto aquele utilizado nos motores dos veículos como o de uso industrial (alimentos, fármacos e outros).
- Outros fins industriais: o cereal é utilizado por outros setores industriais para produção de bioplásticos (sacolas e utensílios), tintas, baterias elétricas, fogos de artifício, antibióticos e medicamentos, além de produtos de limpeza como sabonetes e detergentes.
Moagem via seca do milho e moagem via úmida do milho
Como vimos acima, são muitos os segmentos onde o milho pode ser utilizado como matéria-prima. Para a obtenção dos produtos, o cereal pode ser submetido a dois tipos de moagem: a moagem via seca e a moagem via úmida. Confira a seguir um pouco mais sobre cada uma delas.
A moagem seca do milho gera produtos como a canjica, grifts e farinhas, empregados principalmente na produção de alimentos. Nesse procedimento, não se utiliza água para moagem do milho. O grão seco passa por moinhos e peneiras para obtenção dos produtos.

Já na moagem úmida se obtém amido, dextrinas, xarope e liquor com aplicações em diferentes indústrias. Esse tipo de moagem é mais complexo que a via seca, fazendo uso da água para auxiliar a separação dos elementos dos grãos (película, gérmen, proteína e amido) o que gera produtos com espectro mais amplo de utilização.

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Fontes
Markestrat com base em Abimilho (2017).
Markestrat com base em Globo Rural e Embrapa.
Makrestrat com base em Embrapa, ESALQ e Abimilho.